Videmonte
A freguesia de
Videmonte localiza-se no extremo Oeste do Concelho
da Guarda, sobranceira ao vale do Mondego, em plena
Serra da Estrela, confinando os seus largos limites
com Gouveia, Folgozinho, Linhares da Beira e
Manteigas. É a maior freguesia do concelho (52,9
km2), distando cerca de 16 km da sede concelhia, a
cidade da Guarda. Tem como freguesias vizinhas: Vila
Soeiro, Trinta, Meios, Fernão Joanes e Valhelhas.
Aldeia rural, inserida num conjunto de aldeias
históricas, é a povoação dos grandes rebanhos de ovelhas
e cabras, do bom queijo da Serra de fabrico artesanal,
das produções de centeio, batata e castanha. Terra de
gente acolhedora e que sabe manter vivas as suas
tradições.
Videmonte é a porta de entrada para os
Passadiços
do Mondego.
Salienta-se a existência de uma igreja
antiquíssima, capelas e alguns espaços públicos com
elementos naturais como fontes, fontanários, cruzeiros,
forno público, trilhos que se perdem na paisagem natural
e que nos conduzem a espaços como o Rio Mondego, que
oferece a possibilidade de praticar pesca desportiva e
de nos refrescar com um banho de águas límpidas e
frescas.
A arquitectura popular tem presença
forte, desde os aspectos construtivos aos materiais. A
forma como os recursos naturais foram aplicados na
arquitectura assume características únicas - "diálogo"
entre o granito e o xisto.
Conhecer Videmonte: www.aldeiasdemontanha.pt/pt/aldeias/videmonte
Guarda
Histórica e
monumental. O destino confirmou-a como baluarte e
cidade da Serra.
A cidade da Guarda é um hino ao
granito, cantado na arte românica da Capela do Mileu, no
estilo gótico e manuelino da sua Sé Catedral, ou nas
ruas, praças e muralhas da sua cidade medieval. Certo é
que este hino teve eco no Neolítico, na Anta de Pêra do
Moço e nos machados de pedra polida expostos no Museu da
Guarda. Continuou pela Idade do Bronze e pela
romanização, nos castros do Tintinolho e Jarmelo ou no
troço de estrada romana junto ao Chafariz da Dorna. Até
que em 1199, o segundo rei de Portugal, D. Sancho I
fundou a cidade, deu-lhe o poder do Bispado da Egitânia
e dedicou-lhe uma cantiga de amigo, em louvor de um amor
antigo.
Com os reis Afonsinos, D. Afonso II e
D. Afonso III, concluíram-se as muralhas, então com
cinco portas. Hoje subsistem a monumental Torre dos
Ferreiros e as Portas da Erva e d`EL Rei, vigiadas pela
Torre de Menagem e ligadas por um traçado de ruas
fascinantes que dão a volta à Judiaria, vão ao senhorial
Largo do Paço do Biu, e das quais a Rua Direita, actual
Rua Francisco de Passos, continua a ser a principal.
Na Praça Velha, ou Praça Luís de
Camões, nasceu a actual Sé Catedral, construída entre
1390 e 1540. De então para cá, vieram mais séculos, mais
estilos e mais monumentos, mas em todos eles há um rosto
de granito que a cidade guardou para sempre.
Parque Natural da Serra da Estrela
(PNSE)
O Parque Natural da Serra da Estrela
abrange todo o maciço rochoso da Serra da Estrela,
envolvendo vários concelhos. Ao longe, o maior maciço
rochoso da cordilheira central aparece como um vasto
planalto inclinando-se para Nordeste, rasgado por vales
onde correm os rios aqui nascidos, o Mondego, o Zêzere e
o Alva. Submetido à intensa acção dos gelos durante a
era quaternária, guarda ainda as marcas da sua acção:
vales em U, covões e lagoas de origem glaciar.
O árido planalto central, pleno da
casais isolados entre as pastagens e os campos de
centeio, contrasta com o planalto de Videmonte, onde
nasce o Mondego. A Sudoeste, entre socalcos, as
povoações de Loriga e Alvoco marcam a sua presença
alcandoradas em espigões rochosos. Finalmente, a encosta
Noroeste estende-se desde a baixa de Seia às terras
dominadas pelo castelo de Linhares da Beira, dos campos
férteis de milho e vinha às alturas onde só a giesta
cresce.
O Planalto Superior da Serra da Estrela
está classificado como reserva biogenética pelo concelho
da Europa, reconhecendo-se o valor e a diversidade do
património natural existente. A paisagem caracteriza-se
pelas escarpas rochosas, cursos de água profundamente
encaixados, pequenas quedas de água, matagais coloridos
e pastagens de altitude, penedos cobertos por líquenes,
maciços florestais intercalados com terrenos de
agricultura de montanha e silvo-pastorícia, e ainda um
variado património construído. Salienta-se a presença
constante da água, sob a forma de neves anuais, de rios,
de lagoas naturais e de barragens, que são motivo
importante de visita.
A sua fauna é variada, embora uma das
sua espécies mais emblemáticas, o urso, esteja extinto e
o lobo só apareça muito esporadicamente. Em
contrapartida, é o único espaço do território nacional
onde se alberga a rara lagartixa da montanha.
A vegetação apresenta três níveis distintos: a base, de
influência mediterrânea; a zona intermédia, domínio do
Carvalho-negral, e a zona superior, domínio do zimbro,
onde ainda se pode observar a Gentiana lutea, uma planta
em extinção.
O povoamento da Serra fez-se desde a
época medieval, a partir da base. Mas já anteriormente
outras culturas tinham deixado as suas marcas no
terreno. Os romanos construíram uma via (Mérida-Braga)
que atravessava transversalmente a serra; os árabes,
deixaram sistemas de rega e a cultura de árvores de
fruto e os Visigodos, a organização do espaço rural,
através do "Código Visigótico".
Região montanhosa e planáltica de
substrato granítico e xistoso, é um imenso espaço
natural, semi-natural e humanizado, dotado de paisagens
únicas, e com excelentes características para o recreio
e os desportos de montanha. A Serra contém factores de
atractividade em termos de património natural únicos. Há
igualmente um património histórico cultural com lugares
que documentam exemplarmente a longa história da
presença humana na Serra. Das outras componentes do
património cultural salientam-se as feiras, festas e
romarias e um artesanato variado, designadamente ligado
à pastorícia. Dos produtos alimentares regionais
salienta-se o "queijo Serra da Estrela", o "borrego de
canastra", já devidamente certificados, assim como o
requeijão e os enchidos tradicionais. A gastronomia tem
assim uma grande genuinidade e diversidade, sendo um
importante factor de atractividade para os visitantes.
Área: 101 060 hectares
Concelhos abrangidos: Covilhã, Celorico da Beira,
Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia
Criação: 16 de Julho de 1976
Acessos: EN 339 Covilhã
EN 232 Manteigas-Gouveia
EN 231 Seia
EN 330 e EN 330-1 Gouveia
EN 16/IP-2 Celorico
Percursos aconselhados:
de carro:
- Penhas da Saúde, Torre, Covão do Boi, Cântaros, Lagoa
Comprida, Sabugueiro, Penhas Douradas, Manteigas, Caldas
de Manteigas, Poço do Inferno, Penhas da Saúde, Gouveia;
percurso de cerca de 100 km.
a pé:
- de Piornos à Varanda dos Pastores; percurso pedestre
de cerca de 2 horas e 30 minutos de duração.
- do cruzamento da Torre à Lagoa Comprida percurso;
pedestre de cerca de 1 hora de duração.
- do Cântaro Magro ao Covão do Boi e cruzamento da
Torre; percurso pedestre de cerca 2 horas de duração.
- do vale da Candeeira, Lagoa do Cântaro, Covão da
Ametade, Lagoa do Cântaro; percurso pedestre de cerca de
1 hora e 30 minutos de duração.
Especificidades: é a maior serra portuguesa,
situando-se aqui o ponto mais elevado de Portugal
Continental a 1993 metros. Mais de metade da sua área
situa-se acima dos 700 m de altitude.
Fauna: Lagartixa-da-montanha, lontra, geneta,
texugo, Gatos-bravos Toupeiras-de-água,
Piscos-de-peito-ruivo, Sardaniscas-argelinas,
Sapos-parteiros.
Flora: Carvalho-negral, azinheira, sobreiro,
medronheiro, pinheiro, Pinheiro-bravo, freixo, faia,
teixo, giesta, zimbro, Gentiana lutea, orquídeas,
Madressilva-das-boticas, pilriteiro, rosmaninho,
azevinho, orvalhinha, Fava-de-água.
Fonte: Região de Turismo da Serra da
Estrela
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